Julita Wójcik, Falowiec/ The Wavy Block, 2005-2006, installation, collection of Zachęta National Gallery of Art

PERFORMATIVIDADES

Wavy Block representa, através de uma técnica associada às práticas domésticas (crochet), o segundo maior edifício de habitação da Europa, construído na época comunista para albergar trabalhadores do porto, do estaleiro e das indústrias químicas de Gdansk.

Instalação, técnica mista.

PERFORMATIVITIES

Wavy Block uses a technique usually associated with domesticity (crochet) to represent the second largest housing unit in Europe, built in the communist era to accommodate the workers of Gdansk’s port, shipyard and chemical industries.

Installation, mixed media.

Julita Wójcik (1971), performer e iniciadora de ações artísticas, é provavelmente mais conhecida internacionalmente como “cronista da estética do lar provinciano”. Ao debruçar-se sobre atividades do quotidiano nas suas obras, Julita obscurece as fronteiras entre realidade e arte. As suas performances são pontuadas por pequenas ações, tais como descascar batatas numa sala de galeria (“Peeling Potatoes”, 2001) ou ensinar noções de arte abstrata a vacas no campo (“Unistic Landscape”, 2007). As suas esculturas e peças de parede representando edifícios prefabricados da era comunista são também o produto de uma atividade supostamente feminina: o croché. Fazer croché, varrer, plantar uma pequena horta, fazer furos de água em espaços públicos, construir casas de pássaros ou papagaios de papel são atividades que dificilmente se considerariam artísticas, uma vez que consistem mais em experiências do quotidiano, de certo modo características de uma época passada que tem vindo a cair lentamente no esquecimento. As atividades simples só adquirem um significado mais profundo quando colocadas num contexto artístico que, por um lado, as eleva e, por outro, despoja a arte do seu caráter elitista. Ao esbater as fronteiras entre agrícola/rural, artístico/idealista e quotidiano/mundano, a artista oferece-nos uma perspetiva frequentemente humorística da condição humana.
Julita Wójcik (1971) is a performer and an initiator of artistic actions. She is probably best known internationally as chronicler of the provincial home aesthetics’. Referring to everyday activities in her works, she blurs divisions between reality and art. Her performances are coloured by small actions, such as peeling potatoes in a gallery room (Peeling Potatoes 2001) or lecturing about abstract art notions to cows in the field (Unistic Landscape 2007), while her sculptures and wall pieces depicting communist era prefab buildings are also the product of a supposedly feminine activity: crocheting. Crocheting, sweeping up, cultivating a small vegetable garden, or setting up water holes in public places, building bird tables or flying kites are hardly activities one would think of as art, being more of everyday-life experiences, somewhat characteristic for a bygone era that is slowly falling into oblivion. The simple activities acquire a deeper meaning only when placed in an artistic context which, on the one hand, elevates them, and, on the other, strips art of its elitist quality. Blurring the borders between agricultural/rural, artistic/idealistic and everyday/mundane, Wójcik offers an often humorous view of the human condition.